Ele vai para longe. Bem longe. Finalmente, a viagem de férias sonhada. Nos lábios, um suave sorriso de satisfação. A vida inteira pensara nisto e finalmente aconteceria. Estava todo arrumado como no dia do casamento. A companheira de tantos anos não iria junto desta vez. Por isso choramingava. A casa transbordava de amigos. Vieram se despedir. Conversavam baixo, lembravam de estórias engraçadas. Reminiscências de anos de camaradagem. Tomavam café, água e bebidas pesadas. Na mesa comedida, alguns acepipes para matar a fome. O anfitrião estava tranqüilo. Dava atenção a todos e era o centro das atenções. Quando chegou a hora, o ataúde foi lacrado e levado pelos amigos ao cemitério. Sua jornada começara. Ou talvez terminasse ali, quem sabe.
08.02.09
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ResponderExcluirMuito bom o texto Cristiano. Ouvi falar do seu blog hoje através da rádio educadora e já vi que vou me tornar um leitor assiduo. Parabéns. A idéia de textos curtos para quem tem pouco tempo para ler é fantastica.
ResponderExcluirVida longa ao seu blog!
Gostei! Bastante significativo!
ResponderExcluirGostei, Cristiano. Me lembra um pouco os tempos de Mata de São João...
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